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Angola increases the search for innovative foreign mine financing funds

Uma sociedade de capitais de risco e a corrida aos investimentos internacionais, especialmente o chinês, marca o primeiro trimestre de 2024

Sebastião Panzo

Durante os u ltimos vinte e quatro anos, Lourdes Caposso, uma mulher polí tica e empreendedora angolana na indu stria de petro leo e ga s tem lutado, quase em desespero de causa, para que empresas locais, criadas por nacionais, sejam contratadas pelas grandes operadoras e tenham linhas de financiamento para suprirem as demandas. 

“Hoje vivemos um momento revelador, um sonho, na verdade”, disse Lourdes Caposso. 

Ela e outros quadros ligados a indu stria extractiva e banca tomaram a peito o desafio e criaram uma sociedade de capitais de risco para financiarem empresas de conteu do local. 

“Meu sonho e que este, e outros mecanismos, ajudem a valorizaça o das empresas angolanas de conteu do local”, acrescentou. 

Ela contou recentemente a sua trajecto ria no lançamento da PETROFUND, a primeira sociedade de capaital de risco angolana focada no conteu do local no sector do petro leo e ga s e na indu stria extractiva local. 

“A nossa visa o e sermos um factor de alavancagem das empresas de conteu do local”, disse, por sua vez, Vicente Ina cio, Presidente do Conselho de Administraça o da PETROFUND. 

“Nosso foco e nas empresas de conteu odo local de serviços ao sector petrolí fero e recursos minerais que precisam de apoio para aumentar os seus ní veis de actividade. Na verdade, a nossa relaça o com as empresas que se pretende investir tem por base a parceria com os restantes accionistas, estabelecendo fortes sinergias com a equipa de gesta o das empresas”, acrescentou. 

Com efeito, PETROFUND tem como proposta de valor a participaça o directa ate 30% no capital social das empresas, apoiando a sua gesta o e procurando optimizar ao ma ximo o seu sucesso. 

“O sucesso do investimento esta dependente do desempenho da empresa participada”, disse Paulo Oliveira, um dos so cios dos Administradores Executivos da PETROFUND. 

Corrida ao financiamento 

Angola tem procurado melhorar, por um lado a perfomance de empresas criadas por angolanos, atrave s de um decreto lei sobre conteu do local para o sector de petro leo e ga s e, por outro, aproveitado eventos e parcerias internacionais para apelar ao finciamento na indu stria extractiva do paí s. 

Em verdade, o Decreto 271/20 de Outubro estabelece a polí tica de conteu do local em Angola e determina que as empresas estrangeiras que actuem no sector de petro leo e ga s devem promover o desenvolvimento da indu stria local, garantindo a contrataça o de ma o de obra local e a transfere ncia de tecnologia para empresas angolanas. 

Ale m disso, as empresas devem preferencialmente adquirir bens e serviços produzidos localmente, contribuindo para o fortalecimento da economia do paí s. 

O decreto tambe m estabelece metas de conteu do local a serem cumpridas pelas empresas, visando aumentar a participaça o da indu stria nacional no setor de petro leo e ga s. 

“Existe, para os pro ximos anos, projecço es para um movimento de cerca de 54 bilho es de do lares na indu stria Petrolí fera. Com a nossa visa o 2035, pretendemos sair de 2 ate 7,5% de atracça o desse valor para as empresas locais de conteu do local”, ambiciona Vicente Ina cio, o Presidente do Conselho de Administraça o da PETROFUND. 

“Angola procurou, desde os anos 70 envolver os seus cidada os no nego cio petrolí fero. Em 1979, foi efectivamente lançada a primeira iniciativa de integraça o de quadros nacionais. Em 2020, com o decreto de conteu do local houve a necessidade de existe ncia de estruturas e plataformas de financiamento. Nosso Governo apoiara estas iniciativas”, disse o Sectreta rio de Estado para Petro leo e Ga s, Jose Barroso. 

Plataformas internacionais 

Entretanto, ale m de contar com as iniciativas privadas, o pro prio Governo tem investido quer na diplomacia econo mica quer como organizador de eventos promocionais de atracça o de investimento, para alavancar os recursos minerais, petro leo e ga s. 

Em fevereiro u ltimo, por exemplo, Angola juntou-se ao Mining Indaba, onde realizou um evento paralelo de atracça o de investimento mineiro para o Paí s. 

“Trouxemos novas intenço es de investimentos. Viemos promover novas a reas que esta o disponí veis para atracça o de financiamento ao paí s”, declarou o Ministro Diamantino Pedro Azevedo, que chefiou a delegaça o angolana ao Mining Indaba. 

No quadro do Mining Indaba, foi assinado um Memorando de Entendimento Estrate gico que visa promover o sector diamantí fero entre a Age ncia Nacional de Recursos Minerais (ANRN), a Endiama E.P, a Sodiam E.P com a multinacional De Beers. 

O memorando visa o aumento da produça o de diamantes, crescimento da mineraça o de diamantes aluvionares e melhoria das oportunidades de desenvolvimento social, em benefí cio dos cidada os nacionais. 

“Angola continua a dar o exemplo como um paí s que reformou as suas perspectivas, atrave s de uma maior transpare ncia, da adopça o de melhores pra ticas reconhecidas internacionalmente e de um ambiente de investimento favora vel aos nego cios”, disse Al Cook, o presidente do Conselho Executivo da De Beers. 

Ainda em Fevereiro, foi igualmente assinado acordo para transportar minerais pelo Corredor do Lobito, entre as empresas Trafigura e Kamoa-Kakula, com a LAR – Atlantic Lobito Corridor, a empresa que gere a operaça o do corredor. 

O acordo marca os primeiros compromissos comerciais de longo prazo com o Corredor do Lobito, uma nova rota comercial de importaça o e exportaça o entre o Cintura o de Cobre Africano e a costa atla ntica de Angola. 

O presidente Executivo da Trafigura, Jeremy Weir, espera que outros clientes se juntem a Ivanhoe Mines e a Trafigura nos pro ximos meses. 

Abraço chinês 

Entretanto, ale m da A frica do Sul, o esforço de atracça o de investimento ao Sector levou tambe m o Governo de Angola a China. 

O Ministro Diamantino Pedro Azevedo visitou as petrolí feras CNPC, CNCEC e SINOPEC e teve audie ncias com as unidades de nego cio de petro leo e ga s da Huawei e GSafery Texnology Unjversity of Tshinghua. 

Com efeito, decorreu na China, neste me s Março, o Fo rum sobre Petro leo e Ga s em Beijing. 

“O sector dos Recursos Minerais possui imensas potencialidades que constituem grandes oportunidades de nego cios para os empresa rios chineses que escolham o nosso paí s para investir. O sector mineiro angolano esta hoje focado na diversificaça o da produça o, para ale m dos diamantes e rochas ornamentais, tendo iniciado a produça o de ouro, mine rio de ferro, mangane s e outros minerais industriais. Actualmente, esta o em fase de desenvolvimento projectos para a produça o e transformaça o de cobre, rocha fosfatada, nio bio e seus associados de liga de ferro-nio bio, alumí nio e fosfato amarelo e branco, bem como a produça o de elementos de terras raras”, informou o Ministro Diamantino Azevedo. 

“Do ponto de vista do conhecimento geocientí fico, o paí s realizou um estudo em todo o territo rio nacional, com a contribuiça o de va rias empresas, entre elas uma empresa chinesa, que proporciona informaça o valiosa aos operadores, auxiliando-os na tomada de decisa o para realizar o investimento mineiro. Fruto deste estudo esta o ja a trabalhar em Angola, empresas multinacionais como a Rio Tinto, Angloamerican, De Beers e Ivanhoe Mines. Temos empresas chinesas a operar neste 

ramo e e nosso desejo que outras empresas chinesas tambe m se juntem a no s”, desejou o Ministro. 

O governante ressaltou a implementaça o de reformas para melhorar o ambiente de nego cios em Angola, tornando o paí s mais competitivo e atraente para investidores. 

O Plano Nacional de Desenvolvimento 2023-2027 preve programas e acço es para manter a sustentabilidade da produça o de petro leo, desenvolver os recursos de ga s natural e atingir a auto-suficie ncia em produtos refinados. 

A cooperaça o entre Angola e China no sector de Petro leo e Ga s promete trazer benefí cios econo micos e sociais para ambos os paí ses, contribuindo para o fortalecimento das relaço es bilaterais e o crescimento do setor energe tico. 

Angola, como o segundo maior produtor de petro leo na A frica Subsariana, apresentou um conjunto de programas e acço es para o desenvolvimento do setor ate 2027, com destaque para: 

Exploraça o e produça o de petro leo e ga s em bacias sedimentares onshore e offshore, 

Estrate gia de licitaça o de blocos petrolí feros 2019-2025, com dezenas de blocos disponí veis, 

Desenvolvimento de campos de ga s para monetizaça o, incluindo a produça o de fertilizantes e outros produtos, 

Construça o de tre s novas refinarias, incluindo uma refinaria de 200 mil barris/dia com participaça o aberta a investidores, 

Construça o de Terminal de Armazenagem de Produtos Derivados do Petro leo, com capacidade de 580 mil metros cu bicos, 

Projectos de energia solar e produça o local de paine is solares em parceria com empresas chinesas e Potenciais projectos de produça o de Hidroge nio Verde a partir de energia hidroele trica. 

“Angola e um paí s esta vel e atrativo para investimentos, com transpare ncia na indu stria extractiva e oportunidades em toda a cadeia do petro leo e ga s. Empresa rios e investidores chineses sa o convidados a se juntarem nesta caminhada para um futuro de sucesso”, afirmou o Ministro Diamantino Pedro Azevedo. 

Este e um movimento em que Lourdes Caposso e Vicente Ina cio, Presidente do Conselho de Administraça o da PETROFUND, esperam ver as empresas locais a prestarem serviços aos actuais e outros novos players que sa o convidados ao Paí s. 

“Eu pude trabalhar para multinacionais. Outros angolanos tambe m puderam. Contrataram-nos porque somos bons quadros. Angola tem profissionais capazes para fornecer soluço es ao sector petrolí fero e a indu stria extractiva, se lhes for dada a oportunidade. As empresas do conteu do local esta o activas”, disse Lourdes Caposso. 

*AmeTrade Mídia Partner 

Article of March 

ANGOLA INCREASES THE SEARCH FOR INNOVATIVE FOREIGN MINE FINANCING FUNDS 

– A venture capital society and the race for international investments, especially Chinese, marks the first quarter of 2024 

Sebastião Panzo* 

For the past twenty-four years, Lourdes Caposso, an Angolan political and entrepreneurial woman in the oil and gas industry, has been struggling, almost desperately, for local companies created by nationals to be hired by major operators and have financing lines to meet demand. 

“Today we live a revealing moment, a dream, actually,” said Lourdes Caposso. 

She and other professionals linked to the extractive industry and banking have taken up the challenge and created a venture capital society to finance local content companies. 

“My dream is for this, and other mechanisms, to help valorize Angolan companies with local content,” she added. 

She recently shared her journey at the launch of PETROFUND, the first Angolan venture capital focused on local content in the oil and gas sector and the local extractive industry. 

“Our vision is to be a leverage factor for local content companies,” said Vicente Ina cio, Chairman of the Board of Directors of PETROFUND. 

“Our focus is on local content companies providing services to the oil sector and mineral resources that need support to increase their activity levels. In fact, our relationship with the companies we intend to invest in is based on partnering with the other shareholders, establishing strong synergies with the management team of the companies,” he added. 

In fact, PETROFUND’s value proposition is direct participation of up to 30% in the share capital of companies, supporting their management and seeking to optimize their success. 

“The success of the investment depends on the performance of the invested company,” said Paulo Oliveira, one of the Executive Administrators of PETROFUND. 

Race for funding 

Angola has sought to improve, on the one hand, the performance of companies created by Angolans, through a decree on local content for the oil and gas sector and, on the other hand, has taken advantage of international events and partnerships to appeal for financing in the country’s extractive industry. 

Indeed, Decree 271/20 of October establishes the local content policy in Angola and determines that foreign companies operating in the oil and gas sector must promote the development of the local industry, ensuring the hiring of local labor and the transfer of technology to Angolan companies. 

Furthermore, companies should preferably acquire goods and services produced locally, contributing to the strengthening of the country’s economy. 

The decree also establishes local content targets to be met by companies, aiming to increase the participation of the national industry in the oil and gas sector. 

“For the next years, there are projections for a movement of around 54 billion dollars in the oil industry. With our vision 2035, we aim to increase the attraction of this value to local content companies from 2 to 7.5%,” ambitiously stated Vicente Ina cio, Chairman of the Board of Directors of PETROFUND. 

“Since the 1970s, Angola has sought to involve its citizens in the oil business. In 1979, the first initiative to integrate national professionals was effectively launched. In 2020, with the local content decree, there was a need for financing structures and platforms. Our Government will support these initiatives,” said the Secretary of State for Oil and Gas, Jose Barroso. 

International platforms 

In addition to relying on private initiatives, the Government itself has invested in economic diplomacy and as an organizer of promotional events to attract investment, to leverage the country’s mineral, oil, and gas resources. 

Last February, for example, Angola participated in Mining Indaba, where it held a parallel investment attraction event for the country. 

“We have brought new investment intentions. We have promoted new areas that are available for investment in the country,” declared Minister Diamantino Pedro Azevedo, who led the Angolan delegation to Mining Indaba. 

In the framework of Mining Indaba, a Strategic Memorandum of Understanding was signed to promote the diamond sector between the National Agency for Mineral Resources (ANRN), Endiama E.P, Sodiam E.P, and the multinational De Beers. 

The memorandum aims to increase diamond production, grow alluvial diamond mining, and improve social development opportunities, benefiting national citizens. 

“Angola continues to set an example as a country that has reformed its perspectives, through greater transparency, adopting internationally recognized best practices, and creating a business-friendly investment environment,” said Al Cook, CEO of De Beers. 

Also in February, an agreement was signed to transport minerals through the Lobito Corridor, between Trafigura and Kamoa-Kakula companies, with LAR – Atlantic Lobito Corridor, the company that manages the corridor’s operations. 

The agreement marks the first long-term commercial commitments with the Lobito Corridor, a new commercial route for import and export between the African Copper Belt and the Atlantic coast of Angola. 

Trafigura’s CEO, Jeremy Weir, expects other customers to join Ivanhoe Mines and Trafigura in the coming months. 

Chinese embrace 

In addition to South Africa, the effort to attract investment to the sector has also led to the Government of Angola to China. 

Minister Diamantino Pedro Azevedo visited the oil companies CNPC, CNCEC, and SINOPEC and had meetings with the oil and gas business units of Huawei and GSafery Texnology University of Tshinghua. 

Indeed, the Oil and Gas Forum took place in Beijing, China, this March. 

“The Mineral Resources sector has immense potential that represents great business opportunities for Chinese entrepreneurs who choose our country to invest. The Angolan mining sector is now focused on diversification of production, beyond diamonds and ornamental rocks, having started the production of gold, iron ore, manganese, and other industrial minerals. Currently, projects are under development for the production and processing of copper, phosphate rock, niobium and its associated ferro-niobium alloys, aluminum, white and yellow phosphate, as well as the production of rare earth elements,” informed Minister Diamantino Azevedo. 

“From the geological knowledge perspective, the country conducted a study across the national territory, with the contribution of various companies, including a Chinese company, providing valuable information to operators, assisting them in making mining investment decisions. As a result of this study, multinational companies such as Rio Tinto, Angloamerican, De Beers, and Ivanhoe Mines are already working in Angola. We have Chinese companies operating in this sector, and we hope that other Chinese companies will also join us,” wished the Minister. 

The Minister highlighted the implementation of reforms to improve the business environment in Angola, making the country more competitive and attractive to investors. 

The National Development Plan 2023-2027 foresees programs and actions to maintain the sustainability of oil production, develop natural gas resources, and achieve self-sufficiency in refined products. 

Cooperation between Angola and China in the Oil and Gas sector promises to bring economic and social benefits to both countries, contributing to strengthening bilateral relations and the growth of the energy sector. 

Angola, as the second-largest oil producer in Sub-Saharan Africa, presented a set of programs and actions for the development of the sector until 2027, with special emphasis on: 

– Exploration and production of oil and gas in onshore and offshore sedimentary basins, 

– Petroleum blocks bidding strategy 2019-2025, with dozens of blocks available, 

– Development of gas fields for monetization, including fertilizer production and other products, 

– Construction of three new refineries, including a 200,000 barrels/day refinery with open participation to investors, 

– Construction of a Petroleum Derivatives Storage Terminal, with a capacity of 580,000 cubic meters, 

– Solar energy projects and local production of solar panels in partnership with Chinese companies and Potential Green Hydrogen production projects from hydroelectric power. 

“Angola is a stable and attractive country for investments, with transparency in the extractive industry and opportunities throughout the oil and gas chain. Chinese entrepreneurs and investors are invited to join us on this journey towards a successful future,” affirmed Minister Diamantino Pedro Azevedo. 

This is a movement in which Lourdes Caposso and Vicente Ina cio, Chairman of the Board of Directors of PETROFUND, hope to see local companies providing services to current and new players invited to the country. 

“I have been able to work for multinational companies. Other Angolans have also been able to. They hired us because we are competent professionals. Angola has capable professionals to provide solutions to the oil sector and the extractive industry if given the opportunity. Local content companies are active,” said Lourdes Caposso. 

*AmeTrade Media Partner 

Lourdes Caposso 

 

Vicente Ina cio, Chairman PetroFund

Jose Barroso, Secreta rio de Estado dos Petro leos 

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